22/12/21

EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR EM TEMPOS DA COVID-19

 

Rita Benjamim Matere Jafar

Assane Wassia Usseni

RESUMO

O presente estudo busca abordar o ensino inclusivo no contexto educacional do ensino superior decorrente em tempos da COVID-19. Assim, objectivo deste estudo consiste em analisar o processo de inclusão educacional dos estudantes com necessidades educativas especiais no contexto do ensino superior em tempos da COVID-19, visto que necessitam de estratégias de acessibilidade e assistências, disponibilizadas pelas universidades, principalmente diante do evento pandêmico e das novas configurações de educação, que são mediadas por tecnologias digitais. Para isso, utilizou-se a revisão bibliográfica, que consistiu na utilização ou consulta de artigos científicos e entre outros instrumentos ou obras literárias que fornecem um referencial teórico para essa discussão. A partir disso, foi possível constatar que a inclusão no seio das universidades ainda é uma utopia, e as oportunidades oferecidas aos estudantes com necessidades educativas especiais são limitadas e dispensáveis, uma vez que não condicionam aos estudantes de ferramentas e possibilidades para trilhar neste novo cenário, sem no entanto, sofrer obstáculos e consequências que resultem na sua interrupção ou fracasso escolar, a escola e os profissionais da educação encontram-se completamente despreparados em termos técnicos e pedagógicos, pois tanto a escola, bem como os profissionais possuem pouco domínio das materiais referentes ao atendimento especial dos alunos ditos anormais, no entanto, é imprescindível que as instituições de ensino superior realizem a reconfiguração das aulas considerando um processo acessível e inclusivo para esses estudantes.

Palavras-chave: Educação inclusiva; COVID-19; Ensino superior;

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25/08/21

ETICA KANTIANA E MARXISTA (UM PEQUENO RASCUNHO)

 


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1.      Ética Kantiana

Ética Kantiana conhecida como ética moderna, defende que o homem é um ser pensante, razão pela qual deve ser tratado como o centro de tudo (da ciência, da política, da arte e da moral), reconhecendo que a sua felicidade surge da liberdade de escolha e não do mero consumismo de valores ou condutas impostas.

Aspectos a confrontar na visão de Kant para a compreensão da ética moderna:

  •      A razão pura teórica ou especulativa: refere-se aos valores externos que definem a conduta obrigatória para os homens. O conteúdo ou a lei das causas e consequências desta, não depende da acção ou intervenção do homem, apenas existem por definição. Quem a eles se submete não tem um comportamento livre, e, portanto, não possui autonomia
  •      Razão prática: refere-se da conduta que nasce como consequência da liberdade de escolha e de acção do homem, o conteúdo das causas e efeito é produzido pela intervenção do homem. Esta razão espelha a autonomia do homem.

Para responder este cenário, Kant estabelece a regra imperativa para orientar o comportamento humano, chamada por imperativo categórico, que declara:

  •     O acto moral é aquele no qual há um acordo entre a vontade da pessoa e a lei “universal”, ou seja, se uma acção da pessoa puder ser universal, ou seja, puder ser feita por qualquer outra pessoa, ela é uma acção moral.
  •     Esta regra, Kant traduz da seguinte maneira: trate os outros como gostaria que fosse tratado. para que tratem a te e os outros de igual forma.

 O imperativo categórico é somente um critério para que a pessoa possa estabelecer tais regras, e responder a questão o que posso fazer? Da seguinte maneira: tudo aquilo que qualquer outra pessoa possa fazer, desde que isso não prejudique o ser humano que sou e os seres humanos que as outras pessoas são. Isto revela a liberdade e autonomia do homem. Mas sempre é importante que o próprio homem sabia que, onde termina a sua liberdade, começa a liberdade dos outros, por isso, é importante que as suas acções sirvam de referência para os demais.

 2. Princípios da ética Kantiana

  •    Objectividade dos actos morais: podemos agir moralmente quando o propósito for de servir os interesses colectivos, ou seja, por meio de normas fornecidas pela nossa razão, que põem de lado os nossos desejos individuais.
  •    Liberdade: capacidade de agir em função da nossa própria razão. E Kant distingue dois tipos de liberdade: Negativa – agir voluntário em detrimento da nossa razão, para favorecer o objecto pretendido pela maioria. E Positiva - agir exclusivo condicionado pelas normas universais da nossa razão. As acções surgem pelo livre arbítrio conferido aos homens.
  •    Autonomia: refere-se ao agir condicionado pela vontade. Autónoma é determinada por mera reflexão racional, que é suficiente para determinar a acção.

3. Ética e Karl Marx

A ética Marxista defende que “o homem é um ser que produz as condições de sua existência material e intelectual”. Assim, a sociedade, assim como uma empresa, é produção humana. Para Marx, não a sociedade que cria o homem, mas homem que cria a sociedade e as instituições, ou seja, os homens estabelecem determinadas relações voltadas para a produção de bens necessários à sua sobrevivência.

Tal produção ocorre mediante a relação de duas grandes classes sociais:

  •     Classe dominante: refere ao grupo de indivíduos que detém os meios de produção, e é responsável pela criação de normas que orientam as relações de produção. Neste grupo encontramos políticos, empresários, governo entre outros que Karl chama de elementos da superestrutura.
  •     Classe dominada: refere-se ao grupo de trabalhadores e camponeses responsáveis pela produção em troca de salários.  

A totalidade destas relações de produção forma a estrutura económica da sociedade: A superestrutura representada pela classe dominante e Infra-estrutura pela classe de trabalhadores.

4. A relação entre Ética e Educação em Karl Marx

Ambas buscam a possibilidade da classe trabalhadora ter consciência de sua situação efectiva, ter conhecimento crítico dos mecanismos do modo de produção dominante, e evitar que o ser humano seja visto como uma simples matéria de produção.

30/12/20

PERSPECTIVAS ACTUAIS DA EDUCAÇÃO

 

Nas últimas duas décadas do século XX assistiu-se a grandes mudanças tanto no campo socioeconómico e político quanto no da cultura, da ciência e da tecnologia. Ocorreram grandes movimentos sociais. Ainda não se tem ideia clara do que deverá representar, para todos nós, a globalização capitalista da economia, das comunicações e da cultura. As transformações tecnológicas tornaram possível o surgimento da era da informação. É um tempo de expectativas, de perplexidade e da crise de concepções e paradigmas não apenas porque inicia-se um novo milénio – época de balanço e de reflexão, época em que o imaginário parece ter um peso maior.

No início deste século, H. G. Wells dizia que “a História da Humanidade é cada vez mais a disputa de uma corrida entre a educação e a catástrofe”. A julgar pelas duas grandes guerras que marcaram a “História da Humanidade”, na primeira metade do século XX, a catástrofe venceu.


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TECNICAS DE PESQUISA DO CLIMA ORGANIZACIONAL


As técnicas de Pesquisa do Clima são muito relevantes no interior das organizações, pois a cada dia surgem factos no contexto social, económico, político e cultural, que “mexe” com a cabeça das pessoas, impactando seus valores e, consequentemente, suas atitudes em relação ao trabalho. Diante desse quadro, não é difícil imaginar porque tantos trabalhadores estão insatisfeitos com as suas empresas. Não é difícil compreender porque tantas pessoas apresentam rendimentos tão baixos, porque muitas empresas convivem com elevados índices de desperdício, alta rotatividade, enorme absenteísmo, greves, inúmeras declamatórias trabalhistas, tantos rumores e conflitos, tantas idas de funcionários aos consultórios médicos, que acabam funcionando como uma espécie de confessionário. São sinais de que o clima vai mal nessas organizações. O mundo organizacional precisa cada vez mais de pessoas de mente independente, que ousem expressar o que pensam e se sintam livres para responder imaginativamente a uma mudança - que sejam, em suma, criativas. A criatividade exige que a cultura empresarial encoraje a expressão mais livre e segura daquilo que, às vezes, pode ser considerado intolerável.

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FACTORES QUE INFLUENCIA A QUALIDADE DE ENSINO MOÇAMBICANO


Quando se fala de qualidade de ensino em Moçambique levantam-se muitas questões, cujas respostas são insuficientemente capazes de dar esclarecimentos concretos, pois, a qualidade de ensino é associada a vários factores, entre eles, a formação dos professores, turmas numerosas, a carga horária de trabalho, a falta de equipamentos escolares, a falta de interesse nos alunos, a falta de motivação dos professores e entre outros.

Enfim, é uma lista infinita de factores que estão por detrás desta situação em Moçambique, que na maioria das vezes não são dados devidos tratamentos, o que consequentemente, resulta numa absoluta decadência de qualidade do ensino moçambicano, colocando as autoridades educacionais do País em constante preocupação e em busca dos verdadeiros responsáveis dos resultados desagradáveis.

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